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Diálogos fortuitos entre o mito e a filosofia, mediados pelo simulata pensador e pretentious philosophus Gylvaresthamar (Sétima parte)

Sétima parte

Palavras, metaproféticas, anarquistas, atrevidas, porém, socioambientalmente sustentáveis, by //job t, do simulata pensador e pretentious philosophus, Gylvaresthamar.
Auto intitulado {!! Gymha PAZS}.
Com antonomásia “Gymha”, para seus alucinantes “Vergymhasículos §

Lembramo-nos de que, o capítulo anterior (Sexta parte, vergymhasículo §6) foi encerrado da seguinte maneira:
Se não encontrarem respostas, sejam então o vinho, a lareira, o som, e o papo, todos muito bem apreciados, até às últimas consequências do Sheol, ou do raio-que-os-parta.
Mas, lembrem-se de brindarem o Gymha, pelo seu modestíssimo, humílimo, humilíssimo, porém, magnífico, espetacular, incrível, esfusiante e devastador arqué: “ignorância“. 

E conforme também informamos anteriormente, lembraremo-nos repetidamente, como fundamentação pétrea para nossas divagações, de que, o “arqué” proposto por Gymha é: “ignorância“.
(Eu não sei nada. Ninguém sabe nada. Ninguém jamais soube alguma coisa. Ninguém jamais saberá coisa alguma. Tudo é uma grande “chutação” recorrente).

Continuando a matéria:
Vergymhasículo §7

Sócrates.
Grande marco para a constituição da tradição filosófica, porque é considerado um divisor do pensamento filosófico, ao inaugurar a filosofia clássica. 

A dialética de Sócrates era um método filosófico feito por meio de diálogos (dialógico) conhecido como maiêutica. A maiêutica socrática consistia numa sucessão de perguntas aos interlocutores, visando fazer com que eles apresentassem respostas, e depois as analisassem. Ou seja, pense no que você falou…!!!
“O burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros”. Provérbio chinês. 

Se antes de Sócrates, a natureza era o tema central, após Sócrates, a problemática ético/política, passa a ser prioridade. Como consequência, os sofistas contemporâneos passam a ser seus principais adversários. 

Convém lembrar-se de que, os sofistas faziam da retórica, um discurso de forma primorosa, porém vazio de conteúdo. Blá, blá, blá…….blá.
É com a voz embargada de emoção…. Desnecessário seria dizer, incumbido que fui… Não poderia deixar passar em brancas nuvens tal oportunidade…Porque eis que senão quando…”. 

Enquanto que Sócrates confessava nada saber e, colocava-se em nível de seu interlocutor, em busca da verdade, a qual  ele acreditava estar no interior de cada um.
A dialética socrática tinha como objetivo questionar as crenças habituais de seu interlocutor para posteriormente, assumir sua ignorância e buscar um conhecimento verdadeiro. O método socrático buscava afastar a opinião (doxa) e alcançar o conhecimento (episteme). 

Os sofistas geralmente eram sábios e eruditos itinerantes, que dominavam algumas técnicas de retórica e de discursos. Estavam interessados apenas em divulgar seus conhecimentos em troca do pagamento de pró-labores, pelos estudantes e/ou aprendizes. 

Eles ensinavam a argumentação a respeito de qualquer tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões, pois para eles a verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo em que o homem está. 

Importava derrubar as teses contrárias e convencer as pessoas de qualquer maneira. Exemplo:
“Os coelhos comem cenouras. Os lobos comem coelhos. Portanto, os lobos comem cenouras”. 

Curiosamente, os sofistas se aproveitaram muito bem das propostas de liberdade de expressão dos novos tempos. Eles se especializaram em discursos, oratórias e retóricas e muita xaropada emocional.

Convém recordar que a democracia para Sócrates, deveria ser a possibilidade de se resolver toda e qualquer diferença e divergências, buscando-se entendimento entre as partes, em nome do interesse comum.
Persuadir, convencer, justificar e explicar: Sim!!
Força bruta, privilégios, autoridade de origem divina: Não!!

Por conseguinte, o cidadão comum, consciente de que é livre e tem direito de questionar governantes, dirigentes, e autoridades, e não irá para o inferno por questionar religiosos, passou a “botar a boca no trombone“.

As liberdade democráticas impulsionaram o surgimento da Física, Astronomia, Artes etc… etc.. e a Medicina com Hipócrates.
Mas lá na idade média, a Inquisição, como braço religioso do sofismo, por trezentos anos, tentaria sufocar violentamente, todas as liberdades individuais dos cidadãos.

Embora a democracia tenha sido bombardeada o tempo todo, e em todos os momentos de nossas vidas, ela resiste bravamente e continua sendo a bandeira da esperança de um mundo melhor, socioambientalmente sustentável e digno.
“Aquilo que você faz fala tão alto, que eu não consigo ouvir o que você diz”. Ralph W. Emerson

E nos tempos atuais? E no nosso querido Brasil?
Denomina-se crime sofista de LESA-PÁTRIA, qualquer aliança política traiçoeira que causa prejuízos ao País, acabando com a Democracia, Soberania e Liberdade dos cidadãos, impondo com isso um regime autoritário e radical para permanecer no poder, ao aparelhar o Estado para enganar, subjugar e escravizar o próprio povo.

Para mim, um legítimo representante brasileiro da dialética de Sócrates, é Paulo Freire.
Sugestão de releitura:
“Homenagem a PAULO FREIRE”
https://www.agazetadelavras.com.br/homenagem-a-paulo-freire/

 Para mim, Paulo Freire é um legítimo discípulo de Sócrates.
“Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”. Paulo Freire

É impressionante a constatação de personalidade sofista de quem critica Paulo Freire. Curiosamente, o nazifacismo não só critica como também odeia Paulo Freire.

Sócrates e Paulo Freire, que dupla libertária!!!

Sócrates:
“Só sei que nada sei;
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses;
A vida irrefletida não vale a pena ser vivida;
Ninguém faz o mal voluntariamente;
Já é hora de irmos. eu para a morte, vocês para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo? Isso é segredo. Exceto para Deus”.

Paulo Freire:
“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.

Continuaremos na próxima semana. Não percam.
(Acessem as crônicas anteriores, clicando na franja “Blogs e Colunas“, acima do título da matéria atual. Em seguida, pode-se clicar na franja “Próxima página >“, no rodapé da página aberta, para continuar acessando-se mais crônicas anteriores).

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