IX-A Origem do Bem e do Mal Segundo o Mal do Bem e o Bem do Mal

Prezad@s leitor@s, lembro-lhes antes, de que, a oitava parte desta série, foi encerrada da seguinte maneira: 

“Sem saber, Lock está concluindo: Existe o Kura vivo e o Kura morto!! Representá-lo, seria uma espécie de pedido de perdão, por tê-lo abandonado na luta contra o tigre, que propiciara a morte violenta do amigo de caçadas. Mas, onde Kura ficaria durante o dia, se só aparece à noite, e somente enquanto Lock dorme??!!”. 

Continuando o assunto. 

A nova preocupação com o lugar onde os mortos ficam, força-os a sepultar os cadáveres, para evitar-se que sejam devorados pelos carnívoros de plantão, desagradando os antigos donos dos corpos. Pronto!! já existem fundamentos de lugares sagrados para os mortos. 

Mas quando os bandos começam a sepultar cadáveres, iniciam também o processo de crença em imortalidade, já que sonham sistematicamente com os mortos, e nestes sonhos, recebem até orientações, que podem ser boas ou ruins. Olha aí gente…!!! as orientações etéreas vindas sei lá de onde, na pior das hipóteses, do além túmulo!! 

E assim, a alma de Lock encontraria algum refrigério, ante ao sentimento de culpa e vergonha que vivenciava, pelo sofrimento e morte de Kura. E se ele apontasse a pintura para a Sra. Kura e os kurinhas, e dissesse: -Kura bang!! (Léxico Gymha: -Kura vive!!). 

E, se uma outra parte das pinturas fosse dedicada aos seres misteriosos que ele não via, mas que atuavam sistematicamente nas suas vidas, soprando forte o vento, batendo misteriosamente galhos e pedras, produzindo trovões, relâmpagos, terremotos, raios, jogando água de cima para baixo etc etc. 

E se estes seres misteriosos habitassem lá pra cima, longe pra caramba, em alguma caverna que futuramente seria chamada de Sol, Lua, nuvens, estrelas. Enfim…céu, inferno… 

E se estas criaturas invisíveis e misteriosas, seguramente fortes e poderosas pra caramba, fossem também as responsáveis pelo fogo, ajudassem nas caçadas, ou protegessem contra os inimigos naturais, hem??!! 

Bem, não custa nada tentar fazer uma mediazinha com eles, mesmo que eu não os veja. Quem sabe: uns presentinhos…umas ofertinhas…uma fogueirinha cerimonial. Não sei quem são…mas vai que dê certo…Vixe!!! serei imbatível…!!! 

Sentir o efeito, sem saber a causa, é o primeiro passo o para o surgimento dos “deuses“, pois serão explicados facilmente pela imaginação, mistério, ritos e rituais sagrados…
Um servente de pedreiro que trabalhou na construção de minha casa dizia sempre:-Professor, tudo que tem nome, existe!! Será??!! 

Prezad@s leitor@s, percebam que até agora, não se abordou a questão do BEM e do MAL explicitamente, porém o BOM e RUIM está implícito em tudo, até mesmo nos fenômenos naturais, desde antes do surgimento do Coacervado, quando fizemos a pergunta exarada em post anterior:
“Então, cientificamente perguntando, como surgiu o primeiro ser vivo??!!” 

Revejam a resposta:
“O mito fora da caverna. Do Trilobita via Coacervado passando pelo humanoide simiesco. De Platão a Gilmar e Ói…nóis…aqui…gennnte…”
https://www.agazetadelavras.com.br/o-mito-fora-da-caverna-do-trilobita-via-coacervado-passando-pelo-humanoide-simiesco-de-platao-a-gilmar-e-oi-nois-aqui-gennnte/ 

Neste post, escrevemos:
“Não se sabe como o primeiro ser vivo surgiu, mas sabe-se que ao seu tempo, quase imemorial, surgiu um sistema organizado que denominou-se “Coacervado”, a primeira célula proteica. 

Coacervado é um aglomerado de moléculas proteicas envolvidas por água em sua forma mais simples. A energia para desencadear a formação dos Coacervados, teria vindo de descargas elétricas e das radiações intensas, tão comuns nas eras ainda muito primitivas. 

Os Coacervados não podem ser considerados organismos vivos, mas acredita-se que tenham, posteriormente, dado origem às primeiras formas de vida na Terra, por serem as primeiras moléculas orgânicas formadas a partir de substâncias inorgânicas da atmosfera primitiva”. 

Porém, nosso suposto long-play, que gira há 70 milhões de anos sem parar, a uma velocidade de 1rpd (um rotação por dia), e que toca a suave melodia da vida na Terra (vide Post VII, desta série), está exatamente, agora, contando uma estrofe marcante, que cita pela primeira vez: “sensações e desejos”, bons e ruins. 

Lembrem-se de que nosso personagem Lock, instintivamente, evita machucar-se, porque é bom evitar a dor e ruim machucar-se. Mas quando machuca-se, lambe e assopra o machucado, porque é bom para aliviar a dor, que é ruim. Mas tudo por instinto, e não por saber o que é bom ou ruim. 

Tanto é verdade, que ele subiu rapidinho na árvore, para fugir do ataque inesperado do tigre-dente-de-sabre, e abandonou o amigo de caçadas Kura à própria sorte, o qual foi morto e devorado pela fera. Agora está salvo, porém amuado, e quando levado ao futuro (vide Post V, desta série), constatou-se que:
“estava cobrando-se, culpando-se, e punindo-se, mentalmente, por alguma coisa que tinha praticado, da qual sentia vergonha. Na verdade, sem saber, estava ansiando por algum tipo de alívio espiritual“. 

“Uma investigação também imaginária, descobriu que ele estava sentindo-se responsável pelo sofrimento e morte de um de seus companheiros de caçada (vide post VI, desta série)”. 

Portanto, como um axioma, os acontecimentos, sensações e desejos, sempre foram, são e sempre serão, bons e/ou ruins, a critério de um observador (não axioma).
“Nada pode ser e não ser simultaneamente“. Aristóteles. 

“Mas, porém, todavia e contudo, há algo muito mais além, a ser captado e nomeado de “estado consciencial” – que se refere, pertence ou é próprio à consciência, percepção dos fenômenos próprios da existência – e que vai aprimorar o bom e sublimar o ruim, ou, também, perverter o bom e piorar o ruim, e que será debatido por toda a eternidade.

O antagonismo não começou aqui, apenas continuou, com novo ângulo.
Em sendo assim, pensem por favor, para encerrarmos esta série no próximo post, no aprimoramento e sublimação dos instintos e/ou perversão e piora dos mesmos instintos.

Estaria aí, a origem do BEM e do MAL??!! 

Continuaremos na próxima semana. Não percam.

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