ONDE ESTÃO AS FLORES-DE-SÃO-JOÃO??!! O HERBICIDA MATOU!!
(Primeira parte)
O HERBICIDA MATOU!!
(Primeira parte)
Este post foi inspirado, quando acessei a sugestiva publicação de Helena Angélica de Mesquita, intitulada:
“Onde estão as flores, as cores, os odores, os saberes e os sabores do cerrado brasileiro? O agronegócio/hidronegócio comeu!”.
(DE MESQUITA, H. A. ONDE ESTÃO AS FLORES, AS CORES, OS ODORES, OS SABERES E OS SABORES DO CERRADO BRASILEIRO? O AGRO/HIDRONEGÓCIO COMEU!. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 33, 2015). Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/293
O Resumo desta magnífica publicação exara o seguinte:
“Este texto discute o vertiginoso processo de devastação do Cerrado brasileiro, procurando mostrar a questão do ponto de vista dos povos cerradeiros. O Cerrado é o berço das águas das principais bacias hidrográficas da América do Sul. Este bioma está sofrendo vertiginosa destruição. O processo de modernização da agricultura avança sobre as matas ciliares, as veredas e as nascentes, expulsando os camponeses e homogeneizando as paisagens com monoculturas, comprometendo a sua biodiversidade característica. Outro grande risco, hoje, é a expansão do modelo energético, que ameaça seus rios com a construção de barragens para Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O processo de destruição do Cerrado pelo agronegócio e pelo hidronegócio afeta toda a sociedade, e o campesinato é o segmento social comprometido mais diretamente, pois são homens de lida íntima e direta com a terra, com a qual se relacionam com respeito, afinal é a terra seu principal meio de vida e perder a terra é ser expropriado da cultura, das tradições, do modo de vida e da cidadania, pelo rompimento de teias de relações sociais centenárias”.
Acontece que Rubem Alves, meu escritor predileto, certa vez exarou:
“Sou um construtor de altares à beira de um abismo. Construo meus altares com poesia e beleza. Os fogos que acendo nos meus altares, iluminam o meu rosto e aquecem o meu corpo. Mas o abismo continua escuro e silencioso…”.
E o pretentious environmentalistologus *Gylvaresthamar* exarento como só *Gymha* sabe ser, também exarou seu *Vergymhasículo* exarável para o momento:
“Sou construtor de barracas-de-mochileiros à beira do outro lado do mesmo abismo do Rubem Alves. Construo minhas barracas com saberes populares consagrados e saberes científicos comprovados.
Os posts que publico nas minhas barracas, iluminam o caminho para a sustentabilidade e aquecem a percepção socioambiental de tod@s.
Mas o abismo da delinquência desenvolvimentista predatória continua afirmando que se pode comer dinheiro. Argh…!!!
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O que o auto credenciou como:
Simulata pensador, pretentious philosophus, pretentious anthropologus, pretentious exegetologus, e pretentious economistologus.
E agora, também, neste post, como se não bastasse:
“pretentious environmentalistologus”.
Oh sim!!! Todo este longo introito, apenas para começar a abordar o tema proposto:
“Onde estão as Flores-de-São-João??!! O herbicida matou!!!”.
Foi a partir de uma das minhas grandes paixões para o laser, que é a cavalgada, que percebi que as flores-de-São-João estão desaparecendo, progressivamente, das nossas campinas.
Em tempo: Creio que no meu caso, o mais correto é dizer “andar a cavalo“. É que se trata de um passeio descontraído, num trotinho bem confortável, sem pressa e sem destino, e um bom papo de roça.
Isso, porque, todos os sábados, logo cedo, invariavelmente, salvo algum motivo fortuito de força muito maior, lá estou eu montado no meu cavalo alazão Gaúcho, acompanhado do meu amigo Zé Correa. E vamu qui vamu…!!! póc tóc póc tóc póc tóc………bem de mansinho…
E, a bem da verdade, o Zé Correia sempre diz que meu cavalo não é alazão, mas sim, castanho. Pra mim é alazão e pronto…!!!
Revejam:
“Dialogando com meu cavalo“.
https://www.agazetadelavras.com.br/dialogando-com-meu-cavalo/
As flores-de-São-João têm um significado especial para mim.
Remetem-me a saudosos tempos, como aqueles da minha infância e adolescência em Porto Ferreira/SP, e que não voltarão jamais.
As festas juninas na década de 60, em Porto Ferreira, eram maravilhosas. Tinham tudo que uma festa junina merece ter.
Muitas vezes, eu não me decidia se gostava mais das festas juninas ou das festas natalinas. E não me decidi até hoje!!!
A zona rural do município, nesta época, ficava ricamente florida com flores-de-São-João por todos os lados. Lindo, lindo, lindo….
Revejam:
“Meu pai comprou um terreno. Nascia um agricultor familiar socioambientalista apaixonado e voluntário”.
(Primeira parte de uma série de cinco textos)
https://www.agazetadelavras.com.br/meu-pai-comprou-um-terreno-nascia-um-agricultor-familiar-socioambientalista-apaixonado-e-voluntario-primeira-parte/
Na adolescência, eu contemplava, pensava, imaginava e divagava, sentado debaixo de algum arbusto que generosamente abrigava a proliferação do festivo cipó florido, e a mim também.
Em junho, havia ainda, o aniversário do meu irmão Beto, e exatamente no dia de São João, o aniversário de meu pai João.
No dia de Santo Antonio, o tio Tunim, que chamava-se Antonio comprava os artefatos juninos para a criançada da família zoar em frente nossa casa. E no dia de São Pedro, era o dia do primo Zé Pedro, que adorava uma pescaria.
A verdade é que as flores-de-São-João sempre foram muito especiais para mim. Elas fazem parte de minha história de vida. Sou apaixonado por estas flores.
Mas, atualmente, onde estão as flores-de-São-João??!!!
Será que serão extintas, como quase extinto está o “sapé”??!!
Quem, como, porque e o quê está acabando com o encantamento junino propiciado anualmente pelas nossas lindas e singelas:
“Flores-de-São-João“??!!
Continuaremos a temática no próximo post.
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